Saber o que é um drone nunca foi tão fácil como nos dias atuais.
Para muitos, a associação mais simples para entender o que são drones é lembrar de brinquedos de controle remoto.
Porém, o objeto tem muito mais atribuições do que a pura diversão de crianças.
Estes aparelhos são concebidos para realizar tarefas arriscadas ao ser humano ou ferramentas para trabalhos que ninguém quer realizar.
Conheça mais sobre o que é drone, quais sãos tipos de drone, como funciona e muito mais no artigo abaixo!
O que é drone?
O drone é um veículo aéreo não tripulado, seu controle é feito de forma remota.
Em outras palavras, o drone é uma aeronave que pode ser movimentada em qualquer direção, contribuindo para diversas ações e atividades em inúmeros setores.
Essa característica fez com que o drone ganhasse popularidade e com isso surgem muitas dúvidas quanto aos modelos e suas aplicações.
Dessa forma, vamos conhecer isso iremos falar mais sobre suas características e para que serve o drone.
História do drone
O RPA (Remotely Piloted Aircraft) foi criado na década de 60 para fins militares, quando a marinha experimentava novas tecnologias.
No entanto, só na década de 70 que começou a utilizado em operações militares.
Depois de um tempo, ocorreu uma reformulação para uso doméstico e atualmente tornou-se popular, seja para trabalho audiovisual, inspeções, ajudas humanitárias, mapeamento, dentre outras tarefas.
Tipos de drone
Nesse sentido, há várias características que consideramos para classificar os drones, como tamanho (de nano e micro a grandes), alcance e equipamentos embutidos (câmeras e GPS).
Mas, o fator que mais se destaca é o número de hélices.
Vamos conhecer os tipos de drone a seguir:
Rotor único
Possuem 1 rotor no topo ou traseira (interessante para maior controle da cabeça), sendo ideal para pairar com economia de carga e maior duração.
Multi-rotores
São o modelo mais comum, de tricópteros (3 rotores) a octocópteros (8 rotores), evoluindo na mesma medida em alcance, estabilidade e segurança ao pousar.
Asa fixa
Estrutura com asas compridas laterais ao corpo central, similar às aeronaves comuns. Não podem se manter imóveis por não contrariar a gravidade, mas possuem maior tempo de voo. Ideal para gravação de extensas.
Como funciona o drone?
Para mexer com um drone, é necessário saber como ele funciona.
Geralmente, os drones funcionam de duas formas: o que se parece com um helicóptero é mais popular por ter mais facilidade de controle no ar e ter mais aderência ao público devido a sua estabilidade e investimento baixo.
Já o drone similar a um avião, ou asa fixa como era denominado possui uma função mais comercial, como mapeamentos e longa distância em áreas extensas e resistência ao clima e autonomia de voo maior.
Há também o drone conhecido como VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado). Esse é uma tecnologia muito estável. Com isso, ele pode atuar em diversos setores.
Para cada setor que atua, ele possui uma função diferente.
Regulamentação de drones no Brasil
A regulamentação dos drones no Brasil aconteceu recentemente, em 2017.
Entretanto, foi algo necessário para definir padrões, leis e regras que envolvam o uso desses aparelhos, seja para atividades profissionais ou lazer.
No Brasil a regulamentação dos drones é feita em conjunto por meio de três órgãos: ANAC, ANATEL e DECEA.
Cada órgão é responsável por uma área que envolve a operação dos drones.
ANAC — Agência Nacional de Aviação Civil
A Agência Nacional de Aviação Civil definiu regras básicas para que a operação de drones possua mais segurança para pessoas e a proteção de bens.
O regulamento dividiu os equipamentos em duas classes:
- Aeromodelos, que são as aeronaves não tripuladas usadas para fins recreativos;
- Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAs), que são aeronaves não tripuladas, pilotadas a partir de uma estação de pilotagem remota, usadas para operações comerciais, corporativas e experimentais.
Por isso, se seu drone se enquadra em algumas das categorias abaixo, será necessário fazer um cadastro no SISANT(Sistema de aeronaves não tripuladas).
Além disso, dividiram as aeronaves remotamente pilotadas para fins experimentais, comerciais ou institucionais em três categorias, baseadas no peso dos aparelhos.
Veja a seguir:
Classes de aeronaves remotamente pilotadas
- Classe 1: RPAs com peso máximo de decolagem maior que 150 kg;
- Classe 2: RPAs com peso máximo de decolagem maior que 25 kg e menor ou igual a 150 kg;
- Classe 3: RPAs com peso máximo de decolagem maior que 250 g e menor do que 25 kg;
Vale lembrar que drones ou RPAs com peso abaixo de 250 g, não precisam de cadastro junto à ANAC.
Existe um conjunto de regras específicas para pilotar drones, citarei algumas aqui referentes aos drones de classe 3, que são os mais comuns, mas o conjunto completo está no site da ANAC.
Regras básicas para operação de drones classe 3
- Ser maior de 18 anos;
- Equipamentos com peso máximo de decolagem acima de 250g precisam ser cadastrados no SISANT;
- É obrigatória a contratação de seguro de responsabilidade civil, chamado de Seguro RETA;
- Altura máxima de voo é de 400 pés ou 120 m de altura. Acima desta altitude é necessário ter uma certificação de pilotagem específica;
- Distância mínima horizontal de 30 metros em relação a pessoas, casas, prédios, veículos e animais.
- Estar afastado pelo menos 5 km de distância de aeródromos;
ANATEL — Agência Nacional de Telecomunicações
A Agência Nacional de Telecomunicações iniciou o cadastro de equipamentos em 2017, ao solicitar que todos os usuários de drones realizassem a homologação dos aparelhos, pois tanto aeronave, quanto o controle utilizam frequências de rádio e podem causar interferência em outros dispositivos de aeronaves.
Existem algumas etapas no processo de homologar um drone, mas elas estão informadas no site referente à homologação de produtos de telecomunicações na ANATEL
DECEA — Departamento de Controle do Espaço Aéreo
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo tem como objetivo principal regulamentar o espaço aéreo.
Para realizar uma operação de voo é necessário solicitar uma autorização de voo junto ao DECEA, através do sistema Sarpas.
Na solicitação o operador deve informar dados relacionados ao local do voo, aeronave utilizada, período, altura e outros dados básicos que o departamento utilizará para avaliar se é possível conceder a liberação do voo, de acordo com as regras vigentes.
Documentos necessários para operar um drone com fins profissionais
- Selo de homologação da Anatel, no rádio e no drone;
- Manual de voo do Drone;
- Documento de avaliação de Risco;
- Documento com a liberação de voo do DECEA;
- Apólice de seguro RETA;
Como você viu, embora pilotar um drone pareça simples e divertido, é necessário cumprir uma série de exigências feitas pelos órgãos competentes, para que atividade seja feita de forma segura por todos os envolvidos.
Por isso, antes de pilotar um drone, verifique possuir todos os requisitos e cumprir as normas estabelecidas.